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Noca onda de calor
Uma nova onda de calor deve fazer subir a temperatura em pelo menos oito estados do Brasil.
A previsão é de que os termômetros se aproximem dos 40°C a partir da quinta-feira (14) em Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, sul do Mato Grosso, norte de São Paulo, grande parte de Minas Gerais, sul do Tocantins e oeste da Bahia.
🔥A onda de calor acontece quando temos uma temperatura cinco graus acima da média por um período de mais de cinco dias. Neste caso, ela deve se estender de 14 a 20 de dezembro, próximo da chegada do verão que acontece no dia 22 de dezembro.
🌡️Esta é a quinta onda de calor consecutiva no país que já registrou o fenômeno em agosto, setembro, outubro e novembro.
Apesar da previsão de calor acima da média para o fim da semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não emitiu até o começo da noite de segunda-feira (11) nenhum alerta por conta das altas temperaturas.
Nos eventos anteriores, os avisos do Inmet confirmaram a dimensão e intensidade do fenômeno.
A formação da onda de calor é um processo. Ela se forma aos poucos e se nenhum outro evento faz baixar a temperatura, como uma frente fria, o calor intenso ganha força e chegamos a esses níveis.
— Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo
A previsão é de que o calor se estenda por oito estados com as máximas mais altas no Centro-Oeste do país nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Segundo o Climatempo, ainda não há uma previsão de temperatura para todo os estados, mas as cidades de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e São Romão, no Mato Grosso devem superar os 40°C.
No restante do país, a previsão é de calor dentro da média. Faltam pouco mais de dez dias para o Verão, que começa em 22 de dezembro. Com isso, a Terra fica mais exposta ao Sol e com uma temporada de poucas chuvas há menos nuvens para impedir a passagem de tanto calor.
🌡️ Ou seja, as temperaturas devem subir ao longo da semana nos demais estados, mas não como na onda de calor. Em novembro, durante a última onda, o Rio de Janeiro chegou a 42,5°C e São Paulo a 37,7°C – recordes históricos de temperatura. Segundo o Climatempo, isso não deve se repetir durante o período nesses estados.
2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu
Segundo a previsão, a onda de calor não deve atingir a região, mas haverá uma alta nas temperaturas seguindo a tendência do restante do país. Apesar disso, a chuva vai persistir, mas com menos intensidade do que a vista nas últimas semanas.
O sul vem sendo atingido por um grande volume de chuva ao longo do ano. Uma das causas é o El Niño, fenômeno que deixa as águas do oceano mais quentes, e provoca chuva no Sul do Brasil e tempo seco no Norte.
O mês de novembro terminou como o sexto mês consecutivo de recordes de calor na Terra.
Desde junho, temos registrado um mês mais quente a cada novo período. E, por causa disso, os cientistas já confirmam que este ano deve terminar como o mais quente da história.
Colapso em mina em Maceió
O rompimento de parte da mina 18 da Braskem, no domingo (10), deve fazer com que o afundamento do solo desacelere devido ao preenchimento da cavidade com rocha e água da lagoa, segundo a Defesa Civil de Maceió. Não se sabe ainda o tamanho da cratera aberta sob a água.
A região já tinha sido totalmente evacuada desde que o alerta de colapso foi emitido, no dia 29 de novembro. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, disse ao g1 que o rompimento aconteceu dentro do que era esperado.
"O teto da mina se rompeu e é justamente o local que havia sido delimitado pelos técnicos. É uma área que já estava desocupada. Não existe o risco de ser ampliado [o rompimento], pelo contrário, agora vai entrar em um ritmo de desaceleração", explicou Abelardo Nobre.
Ainda segundo Nobre, não há risco de danos à população. "Não há possibilidade, pelos dados que estão sendo demonstrados, de reação em cadeia, como se especulava, as outras minas continuam com a mesma pressão de antes. E os próprios sensores na superfície não mostram velocidade acelerada, eles continuam na normalidade".
"Terminou! Esse é o fim da novela da mina 18. A turbulência que pode ser vista no vídeo é a água e o solo descendo. Eu imagino que a profundidade [do que cedeu] seja em torno de uns 150 metros. A mina acabou e está agora cheia de pedaços de rocha e pedra", disse o pesquisador.
Horas antes de ceder, a velocidade de movimentação do solo na área da mina 18 tinha desacelerado, passando de 0,54 cm/h para 0,52 cm/h. O terreno no local já havia cedido 2,35 metros desde o dia 30 de novembro, quando essa medição passou a ser feita.
A mina é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, e parte dela fica sob a lagoa Mundaú. Os técnicos da Defesa Civil e do Instituto do Meio Ambiente avaliam os impactos ao ecossistema.
"Agora vamos continuar monitorando a área e avaliar os danos ambientais. Temos que reforçar também para as pessoas ficarem longe do local", disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió.
De acordo com o pesquisador e professor Emerson Soares, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a preocupação é com a salinização da lagoa e como isso afeta os organismo vivos que habitam nela. O professor pondera, contudo, que o impacto deve ser menor do que o provocado pela poluição na lagoa.
Mesmo com o colapso da mina, o alerta da Defesa Civil segue para que as pessoas não circulem na área desocupada.
Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em casas e nas ruas por causa da mineração realizada na região pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas. A empresa interrompeu a mineração no final de 2019 e desde então vinha fazendo um trabalho de fechamento das minas.
Brasileiros retirados de Gaza
O segundo grupo de brasileiros e parentes palestinos retirados da Faixa de Gaza pelo Itamaraty chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). No total, 48 pessoas foram retiradas do território que é cenário de uma guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que os trouxe pousou em Brasília pouco antes das 4h da manhã (horário local), após um voo sem escalas que partiu de Cairo, no Egito, na noite de domingo (10).
O grupo conseguiu deixar a Faixa de Gaza na manhã de sábado (9), pela fronteira de Rafah, situada na divisa entre o sul do território palestino e o nordeste do Egito. De lá, eles foram levados até a capital egípcia e, então, foram trazidos para o Brasil.
O primeiro grupo resgatado pelo Itamaraty tinha 32 pessoas e chegou ao Brasil em 13 de novembro.
Brasileiros e palestinos que Itamaraty retirou da Faixa de Gaza embarcam em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no aeroporto do Cairo, no Egito, para o Brasil, em 10 de dezembro de 2023. — Foto: Ministério das Relações Exteriores/ divulgação
O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, disse ao g1 que o grupo resgatado tem mais palestinos que brasileiros, já que muitos são parentes de pessoas que deixaram o território na primeira ocasião. São 37 palestinos e 11 binacionais brasileiro-palestinos.
O grupo conta com 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, duas delas idosas, e quatro homens adultos.
Inicialmente, o Brasil apresentou uma lista solicitando o resgate de 102 pessoas neste segundo grupo. No entanto, 24 nomes foram vetados por Israel e Egito — os dois países revistam e autorizam quem pode ou não sair da Faixa de Gaza.
Até a última atualização desta reportagem, o governo brasileiro não havia informado os motivos para vetar os 24 nomes. Deles, sete têm cidadania brasileira.
O grupo passará pelo menos dois dias em Brasília antes de seguir para abrigos ou para a casa de parentes. O governo fornecerá alimentação, apoio médico e psicológico para os repatriados. Quem precisar terá a carteira de vacinação atualizada.
Casas inclinadas em São Paulo
Proprietário de uma das casas, Ricardo Assis conta que, no último dia 29 de novembro, após forte chuva na região, surgiram rachaduras nas paredes da residência, além do afundamento no piso.
Segundo ele, as 17 famílias que tiveram as casas afetadas enviaram documentação para que a Prefeitura de São Paulo providencie auxílio-aluguel, mas não receberam resposta. As famílias deixaram os imóveis e foram temporariamente para casas de parentes.
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), há uma licitação em andamento para contratação das obras de drenagem do córrego. A previsão é que a manutenção se estenda por quase 3 km, entre a Avenida Guarapiranga e a Estrada do M’Boi Mirim. Ainda segundo a prefeitura, os imóveis interditados são irregulares.